Interação Social e Gênica

 Não dá para negar que o preconceito racial é existente e deriva de atividades antigas como, por exemplo, a escravidão nas Américas e a Eugenia de Hitler. Tais práticas atribuíam graus de inferioridade baseados na distribuição do pigmento melanina na pele. No entanto, em pleno século XXI, como podemos atribuir superioridade nos baseando em uma herança quantitativa genética que nada influencia no intelecto?
Existem grupos de opiniões que negam a existência do racismo, munindo-se de argumentos como a abolição da escravatura ou a presidência atual dos Estados Unidos, mas basta que tenhamos acompanhado os recentes noticiários, ou até mesmo as nossas próprias rotinas, onde jogadores sofrem discriminação em pleno estádio de futebol ou nos deparamos com o assombro de acreditar que casais de pele escura originem filhos tão claros, para notarmos que essa postura arcaica não foi extinta.
Nossas atividades sociais são moldadas, inconscientemente ou não, em cima de padrões separatistas desde o princípio do nosso desenvolvimento, seja no âmbito escolar ou em nossas próprias casas. Dessa forma, fica difícil erradicar pensamentos de uma população adulta que aprendeu que é “normal” a separação dentro de uma mesma espécie.

O desaparecimento dessa prática lamentável, por apresentar um caráter, no mínimo, irracional, só seria concluído ou, pelo menos, iniciado, se desde a educação básica fosse explicado, mesmo que de forma coloquial, que a cor da pele é condicionada por dois pares de alelos genéticos que estão relacionados com a proteção de raios U.V e que nada têm a ver com a condição de posicionamento social.


Comentários