Bom senso sem censura


            A exposição literária da vida de alguém conta com o debate da existência obrigatória ou não da permissão do biografado. Personalidades que assumem uma postura pública devem ter a consciência de que a interferência na publicação de alguns dados é um tipo de censura, por outro lado, alguns autores devem saber que por mais estatal seja a vida de alguém, existem fatos que não cabem em prateleiras de livrarias.
            Censurar dados em próprio benefício pode ser um ato ofensivo à população em geral e poderia descaracterizar muitos trabalhos, porém, isso não significa que toda publicação deva ser vendida sem autorização. Justamente para isso, existem as autobiografias, onde, não necessariamente, precisam ser escritas pelo próprios protagonistas.
            Ser a favor do direito de alguns e de outros não é uma posição que gera mais desconforto, pois que critério será usado para dar ou tirar essa possibilidade? Existem políticos que são “ruins” do ponto de vista de certos eleitores e “bons” para outros, ou seja, isso depende bem mais do eleitor que do próprio gestor.

            Para que não exista a expansão do problema da censura e nem da exposição de “mentiras” ou “futilidades”, cada obra, para melhor interpretação, deve informar ao leitor de onde veio e se consta ou não com a permissão da figura descrita, pois dar o direito de permissão a alguns e a outros não, é, sem dúvidas, um método errôneo.


Comentários