Alucinações

 



Em direção oposta a meu caminho numa ladeira de aclive importante, vc vinha mancando e com uma visão não efetiva, minha alma sorriu pela presença e por todas as interrogações que nunca foram respondidas desde o dia que me dei conta de que o mais avassalador sentimento em mim se voltou a passos em falso somados a um estrabismo, claro, não podia ser perfeito, não chegaria ao absoluto, logicamente, não era você, assim como não era no dia que achei ser e me levantei da mesa andando até onde eu pudesse ter certeza que não era, não era na ladeira, na mesa, nem num centro superlotados de viajantes, nem mesmo quando da real presença… nunca existiu a magia do encanto que me inunda, apenas olhos e pés dificultados deram espaço a toda minha criatividade, todo meu poço de fantasias que me puxam pela mão porque querem se sentir seguras quando me dão segurança, quando me dizem que nada nunca vai mudar dentro do deserto que é esse destino de ser sempre eu que acendo, no final de cada dia, a luz de um quarto imensamente sozinho que não consegue abrir a porta para ninguém além para ou bom ou para o ruim, ninguém.

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