Então, eu admito pela segunda vez na vida que você é apenas desinteressado. E ruim. Há maldade contida em quem brinca sentimentalmente com alguém, só pode. Então, eu admito que você nunca me quis. Você que deveria assumir, mas, como a maioria das pessoas que já conheci (e finalmente te jogo nesse bolo), você não sabe assumir nada e eu assumo por você. Tenho que decidir as coisas por todos que já conheci (já entrei em fadiga por isso há muito tempo). Eu, enfim, concluo, essa vida não é para nós. E ok. Eu tentei. Eu quis tentar, na verdade. E escancarei. E você não quis. E ok. Você não quis. Meu tórax dói. A minha existência dói. A sua volta incompreensível destruiu tudo que eu tinha como eu sabia que faria, como eu cogitei que faria, como eu permiti você fazer, como eu deliberadamente fui lá e toquei fogo em tudo só para no fim concluir o que eu sempre soube: você não tem disposição nenhuma para nós. E não posso dizer que "ok". Ok, então. Porque nada ok. Nada ok há anos. Então, eu peço, muito acima de para você ficar, eu peço que vá embora, finalmente. Vá embora, sobretudo, da minha cabeça. E nunca mais volte nem se quiser, nem pra nada, nem por nada. Existe uma respiração abdominal paradoxal, estou muito próxima de um colapso total. Preciso de mim com emergência.

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