Há duas semanas pensei te ver, num restaurante, a algumas mesas da minha. A primeira vontade que senti foi de vomitar, a segunda foi de confirmar se era você e, então, quando me levantei para conferir, o cara levantou e veio em minha direção, não tinha seu rosto e passou direto. Acho que para a vida confirmar que eu não devo ir atrás da sua existência.
Hoje vi mais uma foto de uma colega com o namorado, o qual parece muito contigo. E numa propaganda da coca-cola, alguém igual. Mas aí eu reparei que nem sei mais quem é você, já que fez uma cirurgia e deve ter mudado bastante o rosto. Não sei mais como é o seu cheiro e nem a sua voz e isso soa triste, mas é normal porque era esperado, não era? Lembro poucas piadas. Menos de dez por cento.
Apego-me à sua tristeza para não me apegar a de mais ninguém porque eu tenho medo. Tenho medo de cair por alguém que não seja você, apesar de não mais existir, aparentemente. Eu não sei o que me prendia a nós e muito menos o que ainda te faz estar em meus textos já que é quase abril. Algumas pessoas duraram muito mais por aqui. Algumas pessoas fizeram mais por mim e eu fiz muito mais por algumas. Eu não sei o que você tem, nem quem é e nem quem foi. Sinto saudade, e nem sei de quê.
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