Quiasma tendíneo

Um dia foi entregue aos ouvidos uma via de segurança, o medo de segui-la era sustentado em um chão com muitos papeis informando que há de ter luz e nitidez para chegar onde se deseja, trancando portas não há como sair, trancando portas não há como alguém entrar, mas mais que isso, não há como não permanecer. 
Os trilhos pisados, porém, entregaram resultados de desgaste atrás de desgaste, portanto, foi possível concluir que clareza e objetividade nem sempre são necessárias, bem-vindas sempre serão, mas nem tudo que cabe em algum lugar é sinônimo de necessidade. É por isso que algumas casas são confusas e desconfortáveis. 
O caminho do silêncio e quietude nunca foi tão explorado pelo medo listado anteriormente. Nem toda palavra precisa ser dita, nem toda carta precisa ser entregue, nem toda porta precisa ser batida. 
E talvez exatamente por isso exista essa espiral muda que ensurdece. 
Talvez, também, essa fosse a hora de gritar e usar toda a força manual possível, mas basta lembrar que existiu início de manipulação, que existiu início de empenho, que existiu força. E o resultado foi a mais completa ausência de movimentos. 
Assim, apesar de não ter como concluir se havia espaço e carência da geração de um trabalho maior, a base passada e a tontura do mal estar de rodar continuamente sugerem que o único botão que pode ser apertado é o do alarme.


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