I have to break down all the corners of the world

Não sei se quero soltar totalmente sua mão e pular de mais um prédio entre os tantos que já pulei na vida. Tenho a sensação de que quero pular de um milhão ainda. Não sei se devo soltar ou arrancar e levá-la junto de mim só para não ter o risco de te perder totalmente. Como todo adolescente que quer fugir de casa, mas tem medo de perder o caminho de volta ou a própria casa. 
Você é alguém com quem queen B, adequando, claro, à nossa realidade, desejaria casar e eu, no momento, sou ela no mais alto grau de insanidade querendo ser um pouco infantil frente à vida. Sabendo que, apesar de te amar e te querer todo o bem e de te desejar em meu futuro, o presente é outra história, mas o presente passa e eu nem pulo nem desço de volta.
Todo mundo precisa de doses de infantilidade para aguentar o peso de uma vida adulta. A vida de gente grande não necessariamente é amarga, mas não nos permite ficar no quintal até amanhecer já que precisamos acordar cedo todos os dias. E é injusto pedir a você que espere, ainda mais sem a mão. Por outro lado, seu mundo teve me forçado a nem saber o que é uma vida que eu sempre quis, eu sempre quis ser grande na vida, sim, e quem não quer? 
À sua volta tem gente tão pequena que nos sufocou à base de gritos. E me saturou. E tem me saturado a sua falta de se mover no meio de complicações, sei que você não é meu advogado e espero não precisar jamais de um para casos que dispensem delegacias. E tive, ainda, que encarar a exposição de um "carinho inabalável" que você nunca teve a coragem nem de citar para mim. E não querendo me vitimizar porque, infelizmente, apesar de odiar o papel imposto, talvez eu realmente seja vítima de um teatro imundo do qual o seu mundo faz parte. 
Eu não sei se devo pular agora e quebrar algumas partes só para levantar com aquela sensação de que estou viva. Só quem passa pertinho de uma morte espiritual consegue sentir o furacão que é a vida. E eu quero esse furacão fazendo nós incapazes de ser desatados em meus cabelos. Mas brincar com a morte é complicado ainda mais se tratando de um prédio que já pulei e lá embaixo ainda dá para ver o estrago passado porque o tempo não foi suficiente para uma total limpeza.

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