(Re)descoberta do limite


O ato terrorista que matou 12 pessoas e feriu 11 na redação do jornal Charlie Hebdo, no último janeiro, além de frustração e pesar, gerou uma discussão ainda mais acentuada sobre o limite da liberdade de se expressar. Limite e liberdade, no entanto, não formariam uma antítese quando postas numa só frase?
Limitar é, automaticamente, mudar a significação de algo livre. Entretanto, atingir culturas alheias, por mais que não justifique nenhum atentado físico, desfaz conceitos de ética e respeito.
Alguns veículos midiáticos, porém, pregam pela total irrestrição de opinião, justificando-se em cima do próprio significado de "livre". Todavia, é esquecido por esses que, mesmo com a total possibilidade de opinar, nenhum tipo de posicionamento é sinônimo de ofensa.
Ofender religiões, regimes políticos ou qualquer outro segmento social, portanto, não está incluso no conteúdo de "liberdade de expressão". O limite tão discutido sempre foi dado pela própria locução adjetiva que conceitua, sim, uma liberdade, mas apenas de expressar. 


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