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Não dá para ouvir um "tá tudo bem?" sem se irritar quando escancaradamente não está tudo bem. Não pergunta. "Mas isso é ter educação", redireciona sua educação, então, não quero ela não, obrigada, estou bem com a minha. "Mas você depois vai reclamar que ficou sozinha", se as opções são ficar sozinha ou lidar com gente que "não-tenho-o-que-dizer-fique-bem", prefiro ficar só, lógico. Não me cabe, nem me falta educação alheia. "Pelo menos eu cheguei e desejei melhoras", eu me desejo melhoras, minha gata me deseja melhoras, minha cama me deseja melhoras. E vai arder até eu não aguentar mais e arrancar a dor com metal,  machucar o local com mais dor e escorrer dor por todos os lados. E, quando então, não restar mais uma organela sem arder, liberar anestesia natural de efeito reverso de anulação por não ter mais o que produzir (sei lá o que é isso). E pronto. Como qualquer dor louca, macabra, injusta, horrorosa, necessária, inútil, nojenta e dengosa, essa também some no ralo alguma hora. E se não sumir, será a única a nunca ter ido. E quem é que não consegue lidar com uma unidade? Mesmo que de dor? É só uma. Umazinha, só. Eu estou péssima e sua educação não me ajuda de perto, licença.