TEMA: O Trabalho na Construção da Dignidade Humana


O conceito biológico de sociedade abriga a ideia de que indivíduos de uma mesma espécie realizem trabalhos capazes de conectar-se entre si na intenção de uma relação harmônica à totalidade do grupo. Atualmente, porém, harmonia e trabalho não são termos comuns em uma mesma frase.
A reconfiguração do significado empregado ao significante deriva, entre outros, da carga exaustiva quando não da escravidão. Essa, existente, no mundo, desde a Antiguidade, e, no Brasil, mesmo após 1888, gera um considerável contraste entre a alta velocidade que o homem atingiu em desenvolver recursos tecnológicos e a baixa, quando no âmbito de respeitar o ser, até então, mais semelhante a ele: o próximo.
Somando a capacidade de mudar o quadro da visão trabalhista, devido às novas invenções, ao atraso mental em não perceber que atos violadores psicológicos (quando há submissão de uma pessoa por outra) geram um estado de violência, é possível questionar se a humanidade tem andado, realmente, apenas para frente.
Se o trabalho é o que diferencia o ser humano dos demais animais, ou o que os permite ser iguais em espécie, é necessário, então, que o termo passe a ser conectado com o seu real sentido a partir, antes de tudo, de fiscalizações que eliminem formas chamadas pelo mesmo nome, mas que passam longe de ser a mesma coisa. Trabalhar deve parar de ser uma obrigação de meio de sobrevivência e passar a ser um meio construtor de existências individuais que reflitam socialmente.






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