Bom senso social

             Antes da geração atual, que levanta a bandeira da legalização, ter a capacidade de equilibrar-se nos próprios pés para protestar, a questão da descriminalização da maconha já existia. Será que o tráfico e a violência derivada dele seriam realmente solucionados?
      Dizer que a erva em questão não é uma droga deixa de ser argumento quando analisamos o próprio sentido da palavra, que indica ser qualquer substância, natural ou não, que, ao ser ingerida, provoca mudanças no organismo, sejam físicas ou psíquicas. Números de mortes por cigarro e álcool, elementos, notavelmente, também tóxicos, ainda são alarmantes e, por mais repetitivo que isso soe, acrescentar a maconha à lista não resultará em nenhuma melhoria anunciada até agora.
        Não é uma questão que deve ser levada para o lado de quem não quer mudanças no cenário da história contemporânea, pois qualquer pessoa em bom estado mental consegue notar que alterações são, sim, necessárias. Ao mesmo tempo, também não deve ser dirigida para quem as deseja apenas por objetivos pessoais. Sendo um debate coletivo deve, assim, ser encarado.
        Não temos uma nação bem estruturada o suficiente para não resultar numa sociedade que não se afete com a comercialização legal de mais uma droga, nem podemos ter a garantia de que ela não é um caminho para outras.
         Por mais social e antiga que seja essa abordagem, sabendo que não existirá a extinção da substância cabe a cada cidadão analisar que ações pessoais refletem no todo. A violência, e toda a estrutura que o tráfico sustenta hoje em dia, não têm apenas a maconha como base, portanto, fica claro que eles não serão desmontados com sua liberação. 


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