Toda
ideologia possui uma referência a algo externo, dessa forma, podemos dizer que
tudo que é ideológico é um signo. Nenhum objeto em si representa alguma coisa.
Portanto, desprovidos de representação, não são signos. Entretanto, existe a
possibilidade da introdução de significados aos objetos: quando eles
representam uma ideia dentro de um contexto. Exemplo: a estrela dentro de
círculos que representa o Capitão América é um símbolo, consequentemente, é um
signo, mas, para aqueles que não relacionarem o desenho ao personagem, a
estrela não será um signo, pois não terá um valor representativo.
A
compreensão feita de um signo é dada por um conjunto de outros signos na
consciência individual, essa, por sua vez, só pode ser caracterizada da forma
que é chamada quando absorve conteúdo significativo que só pode derivar de
interações sociais. Só é possível a explicação (até da própria consciência) e
interpretação quando há a inserção nas interações sociais, na cadeia de leis e
domínios estabelecidos pelos homens para a definição das particularidades,
essas só podem ser entendidas quando localizado o total. Ou seja, as relações
dos signos com as relações sociais são ciclos.
A
consciência é constituída de material interpretativo e ideológico, sem eles não
há possibilidade da consciência ser, no sentido da palavra, uma consciência. A
realidade das palavras, e de qualquer outro signo, resulta do consenso entre
indivíduos para que exista, posteriormente, sentido e compreensão. Não podemos
dizer, porém, que os signos podem substituir todas as ideias e aqui voltamos
para os significados que não possuem significantes.
As
formas dos signos têm como base a organização social e suas devidas condições.
O signo, por ser a forma mais simples de representação de interação social,
torna-se, também, o campo da luta de classes.
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