O signo, para ser entendido, divide-se em objetos e
interpretantes. O objeto imediato é o que consta na aparência da representação
do signo. É a imagem, som ou grafia representativa. Se o objeto imediato é
sonoro ou escrito, ele é estabelecido por leis convencionais que permitem a
interpretação de algo, já que não há, no som ou na grafia, nenhuma semelhança
aparente com o referencial. Consiste na capacidade de reprodução do próprio
signo e não da particularidade mental de cada um de nós.
O interpretante
dinâmico é a capacidade de reprodução mental singular já que a forma de
interpretação deriva de experiências, ações, valores, princípios, pensamentos e
sentimentos. Alguns signos terão interpretantes dinâmicos apenas na questão
qualitativa. Ou seja, apenas terão significados e não significantes que
correspondam exatamente. Algo que aparece em forma apenas de qualidade está
relacionado à Primeiridade.
Ao caracterizar uma interpretação
apenas como qualitativa, falamos do sin-signo. É quando a apresentação de
alguma coisa dá-se apenas com a qualidade, como o primeiro momento de uma folha
em branco no Word: no primeiro instante o branco é branco, mas não o branco
(com artigo), é só a caracterização do ser sem definição, é o breve instante de
Primeiridade ao ver a página vazia. Como, portanto, qualidades em si não tem a
capacidade de representação, quando o signo assim se apresenta, ele é um ícone,
pois se só há apresentação e não representação, não pode ser um signo,
portanto, é um quase-signo.
A existência de uma relação com um
objeto caracteriza um índice, ou seja, qualquer coisa pode ser considerada um
índice. Por exemplo, placas indicam direções, semáforos indicam posições,
créditos indicam términos em filmes e lágrimas indicam emoções. Porém, índices
só podem funcionar como signos quando alguma mente interpretante localiza a
conexão.
Símbolos são signos que possuem
capacidade de representação geral. Tanto o símbolo quanto o referencial são
gerais, por exemplo: A palavra “cachorro” é um símbolo, e o animal em si é o
referente, entretanto, ao falarmos cachorro, estamos nos referindo aos animais
dessa raça e não a algum em específico (exceto se usarmos o artigo definido).
O ícone, então, está no nível da
Primeiridade, servindo de primeira experiência com alguma coisa, na sequência,
temos o índice com o processo de interpretação dinâmica e depois o símbolo que
é a representação diretamente ligada ao objeto.
Os conceitos definem as estruturas
de interpretações que podemos ter, entretanto, é necessário a nossa reflexão e
análise para que as interpretações sejam concluídas por inteiro, pois os
signos, apenas sendo signos e isolados de nossas interpretações, nada podem
dizer.
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