A teoria sígnica de Saussure


            No modelo bilateral de Saussure, temos três termos na constituição: signo, significado e significante. O signo é bilateral porque não há a possibilidade de excluir o significado sem perder o significante. O significado refere-se ao conceito, o significante à imagem acústica. Os dois são entidades mentais. O signo não liga um objeto a uma palavra, mas um conceito a uma imagem acústica. O signo linguístico possui arbitrariedade e o objeto de referência é excluído.
            O significado do significado não é uma forma, mas uma substância. É o valor de um conceito. Os referenciais (pessoas, lugares, objetos...) existem mesmo sem um sistema de definição para elas, ou seja, caso não existissem signos, elas existiram da mesma forma.
O signo tem a face do que representa e a face do que é representado. A representação de um planeta (a palavra planeta) é a face do referencial (planeta), a ideia que temos ao interpretar que a palavra representa um planeta é a outra face.
            A linearidade que caracteriza as relações da língua (ordem e sequência) é sintagmática. O sistema de opção de escolhas é a dimensão paradigmática. Sintagma e Paradigma constituem outro exemplo da dualidade de Saussure.
A parte mais fundamental em um sistema semiológico é a oposição de sentidos. Se não existissem antônimos, não existira conteúdo significativo para as palavras. Quando não determinados pelos sentidos opostos, a determinação é feita pelo que está fora e em torno do objeto. Conclui-se, então, que o valor do signo não deriva do que ele significa em si, mas do que ele não é.



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