"Uma vez estive no Himalaia

 [...] com dois 
amigos. Entramos em uma caverna deserta. Era tão bonita que passamos a noite lá. Na 
manhã seguinte veio um monge e disse: “Saiam, esta é a minha caverna!” 
[...] “Como é possível que esta caverna seja sua? Você não vê que é uma 
caverna natural? Você não pode tomar posse dela, você não a construiu. E você renunciou 
ao mundo, à sua casa, à sua família, aos seus filhos, seu dinheiro e tudo mais, e agora está 
dizendo que esta é sua caverna e que nós devemos sair? Esta caverna não pertence a 
ninguém!” 
Ele estava muito irritado. Disse: “Vocês não me conhecem! Sou um homem 
perigoso! Não vou deixar a caverna para vocês. Tenho vivido nela durante os últimos treze 
anos!” 
Nós o provocamos o máximo que pudemos, ele estava cheio de ira, pronto para 
matar! Então me virei e disse: “Está bem. Nós vamos embora. Estávamos apenas 
provocando você para lhe mostrar que treze anos se passaram, mas sua mente continua a 
mesma. Agora esta caverna é sua, porque você morou aqui durante treze anos. Você não a 
trouxe consigo quando nasceu e não a levará quando morrer. E nós não ficaremos aqui para sempre, apenas por uma noite. Somos apenas viajantes, não monges. Vim apenas ver 
quantas pessoas estúpidas vivem nessa parte do mundo, e você parece ser a mais estúpida 
de todas.” 
Você pode deixar o mundo... mas será o mesmo. Você irá recriar o mesmo mundo, 
porque estará levando a planta em sua mente. Não se trata de deixar o mundo, a questão é 
mudar a mente, renunciar à mente."



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