"Brilho eterno

de uma mente sem lembranças. 
Toda prece é ouvida, 
toda graça se alcança."

Boa memória é uma maldição. Tudo bem que ela já me salvou mais vezes do que posso lembrar (note a ironia junta de uma antítese (finge que isso é interessante (que saudade de usar um parêntese dentro de outro))), mas é uma desgraça, é, sim. Em qualquer data que eu vejo por qualquer página ou parede, meu cérebro se enfia dentro de um carrinho de montanha-russa e me lembra com quem eu estava, que dor eu sentia ou que saudade eu devo ter. Pra que isso? Não sei. Às vezes, em muitas vezes, eu acho que dentro de mim mora alguém que não conheço e que me detesta porque não é possível que minha memória seja tão boa para coisas ruins (para muita utilidade também, mas já disse) assim em modo aleatório neste mundo de gente tão esquecida. 


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