Adiar pode infectar

É cientificamente compreensível que, devido a alguns hormônios, a adolescência seja um período marcado por necessidades de viver intensamente, o que distancia muitas vezes a racionalização, seja de assuntos simples ou até mesmo mais complexos como a síndrome da imunodeficiência adquirida.
A doença já completou três décadas e, embora atualmente possamos dizer que temos o “controle” sobre ela com a utilização de coquetéis, ainda não temos motivos de enxergá-la com menor gravidade já que nenhuma vacina foi desenvolvida para a sua erradicação.
Milhares de pessoas em nosso país estão infectadas e sequer sabem. As mortes anuais registradas em todo o mundo contam até hoje números significativos. Tais contagens deveriam ser suficientes para fazer-nos notar que essa doença não é algo distante de nossa realidade e não escolhe o indivíduo por alguma condição social.
Os métodos de proteção não anulam eventos intensos e nem significam tratados de desconfiança, então, a dificuldade imposta em proteger-se não pode ser justificada pela descarga de hormônios ou por falta de maturidade.

É necessário que revisemos algumas atitudes independendo da faixa etária a qual nos encontramos, pois, por tratar-se de uma doença que nos fará companhia pelos restos de nossos dias não deveria ser tratada como alguma racionalização adiada.


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