Infância Curta

(Paráfrase)

Entre os anos de 95 e 96, o SOS Criança, juntamente com o governo do estado de São Paulo, mostrou dados do aumento de 43,3% da entrada de jovens em seu recinto com o objetivo de uma reintegração ao lar.
Não é possível chegar a uma precisão do problema da marginalização infantil levando em conta dados de apenas uma instituição, porém, é um indício inegável de que houve uma piora no quadro ao qual a sociedade ainda não conseguiu responder com alguma solução eficaz. Desestabilização familiar e pouco caso com as particularidades dos jovens são fatores que também os levam às ruas e ali os faz permanecer.
Registros da Pastoral do Menor mostram que 52% das crianças que entraram no SOS em 1996 tinham se desprendido de suas famílias onde existia precariedade nos sistemas assistenciais e de educação.
Políticas de amparo rentável às famílias carentes em conjunto de uma assistência infantil e uma participação privada na tarefa de reintegração social dos menores contribuiriam talvez não com a erradicação do quadro-problema, mas com uma redução considerável nos números em questão.
Existirá, porém, uma limitação neste alcance enquanto o estado de miséria permanecer agudo numa grande parte da população nacional.


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