Deixo o sol bater na cara

Reparemos, pois, que a história é melhor entendida em ciclos que em linearidade. 
A nossa disso não foge. 
Fico calculando o tempo que voa e o tempo que se arrasta. Presa entre o dois e não conseguindo me prender ao segundo atual. 
Ensurdecedor. 
Não dá para perder tempo, mas não dá para dizer que algum tempo foi perdido. 
Acho que uma vida é pouco, acho que é muito para uma vida. 
Acho que me conheço não fazendo ideia do motivo pelo qual existe um muro entre meu corpo e minha mente. 
Todas as pessoas na minha vida são passageiras e eu não consigo me instalar na vida de ninguém. Isso me machuca e é isso que me constrói. 
Eu não acredito em nada, mas como dizem que acreditar em tudo é, no fim dos cálculos, não acreditar em nada, então, eu acredito em tudo? 
Qual será a agonia mental a me dilacerar daqui a um ano? 
Quando eu vou sentir a próxima dor? 
O equilíbrio deve ter se instalado, o qual só pode existir derivando do seu total oposto. 
Um eterno feedback negativo. 
E também positivo. 
Já senti a ausência de tudo que dessa forma se encontra. Já consertei cacos. Hoje eu pensei que podia te visitar a qualquer hora. Não posso. Não sei onde você mora. Nem sei direito quem você é e como não permiti que você soubesse quem sou eu, você não tem um caminho para chegar e me visitar. 
É de lamentar, porém, de se entender. 
Que a minha energia te alcance agora e te forneça toda força que precisares estando você em seja qual for o planeta! 
Graças a Deus eu ainda existo e aprendi a diferenciar quem nos usa como marca-passos de quem nos trata como antibióticos. 
A máquina parou, agora é só colocar a roupa para secar. Os dias estão limpos e as páginas em branco. 
Reiniciar.


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