Compositor de destinos, tambor de todos os ritmos

O tempo é um remédio, mas também uma doença. 
Sabemos que para poder ser chamado de saudável, o indivíduo deve encontra-se em pleno estado físico, mental e social. 
Não seria uma doença o equilíbrio destes três fatores em conjunto? 
Quem é tão saudável assim pode ser classificado como raridade.
E raridades não estão para normalidades. Minha mente, por exemplo, fica saudável quando meu corpo entra em colapso. Não lembro de nenhum dia da minha vida estar em total equilíbrio nestes três âmbitos e não consigo imaginar um dia em que eu estarei, exceto se morta. 
O tempo já me fez odiar até ser algo tão extremo que se anulasse por si mesmo. Já foi suficiente para revisar coisas que eu sempre vi sentido e que no final não tinha nenhum. Ele vai matar muitas doenças, mas não deixará de ser uma. Do mesmo jeito que a malária curava a sífilis e, ainda assim, nunca deixou de ser algo ruim. 
Só espero que você entenda que algumas coisas só poderão ser respondidas em meio a um demorado silêncio necessário que por mais que doa e seja ruim é tudo o que temos para agora. 


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