Uma coisa que não pode ser ruim é desatar nós.
Se existe o desejo de continuar a andar na vida, chutar os pés do banco, dançar sem música em algum gramado ou asfalto, ou seja lá o que for que te motive a não ficar parado, é preciso consertar algumas coisas.
Arrumar o guarda-roupa, por exemplo.
Em conotação, e também em não, limpar os cacos de vidro do chão da sala de estar não te fará mal nenhum, é claro que você vai poupar os pés alheios, mas não esqueça de que os seus também ficarão salvos.
Eu não me sinto mal em ter reconstituído uma relação a qual não foi só eu que a lesei. Doeu, tirou o sono, me rendeu inúmeros textos, eu tive raiva, eu pensei jamais perdoar, eu pensei em me vingar, eu pensei que odiava, mas eu prefiro que estes sentimentos não me habitem e, então, eu reconstituo e perdoo, e me perdoo também.
Pronto.
Agora, com calma, em algum tempo teremos um relacionamento saudável como sempre devia ter sido.
Ótimo!
E ainda por cima tenho orgulho de dizer que fui eu quem nos salvei de noites em claro, de raivas acumuladas e de um futuro de lamentações.
Só quero que exista amor em mim.
Graças a Deus, tive força suficiente para te trazer de volta e que bom que você veio. Que bom que sabe que quebramos os vidros juntos. Agora também dei play em Los Hermanos. Sim, eu ainda sou eu. As coisas mudam e eu também. Não que eu seja uma coisa e não que eu tenha que mudar porque elas mudam, mas não posso me negar a alterar-me. Deus me livre de ser sempre constante! Tenho quase certeza de que eu detestaria passar o resto dos meus dias dizendo odiar coisas e detestar pessoas.
Não quero, não tenho espaço. Estou bem melhor assim. Não sei se gosto de ouvir esta banda, mas aqui estou nos dando esta chance. Agora sem ódio e sem rancor. E que nada mais fique suspenso! Que caso algum dia eu fale de algo ou alguém que tenha ficado para trás seja sem sentimentos fortes e sem pendências. Pronto, tirei 24kg das costas. Amém.
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