Veio um refluxo... mas já desceu.

Fui tentar responder o que me fazia acordar todos os dias e soube. Depois passei metade da vida de uma borboleta pensando em quanto ódio eu tenho de você porque cada coisa ruim que acontece nesse planeta (meu) é por tua causa. Que vontade que tenho de te odiar mais, pena que sou pequena e o espaço acaba, mas isso foi bom porque eu concluí que o que me faz acordar é equivalente ao que me faz não gostar de você, ou seja, todos os dias eu acordo para não te querer bem, não te querer de nenhuma forma e somar todas as poucas forças que vou arrumando num leite fermentado ou num suplemento qualquer para conseguir sorrir algum dia ao mesmo tempo que você não vai conseguir. E, apesar de eu saber que isso é como comer cacos de vidros, como tomar o próprio veneno que fabrico no quintal, eu não me importo, eu não quero parar, eu já disse antes que a única coisa que agora me move é essa raiva infinita que cresce, impossivelmente, a cada minutinho, a cada desgracinha, a cada "não acredito que isso é comigo", mas eu juro que já aprendi que nenhum dia ruim é em vão e a gente não joga uma bola azul na parede para que ela volte rosa, não é mesmo? Aguarde sua bola, você não a perdeu de forma alguma. Espera um pouco mais que ela chega. Eu juro. 



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