E o arame? Oxidado.

Levei-me para o céu para mais um passeio de descanso entre as estrelas e a umidade do chão. Senti o brilho incomodar minha visão ao mesmo tempo que a noite roubava o meu calor. Pela segunda vez na vida notei que é horrível dormir porque até obrigar minha mente a ficar quieta são duras e longas horas, no entanto, no meio dos sonhos, eu atinjo minha vida em outra galáxia. Tal e como já estou lá. Depois disso, acordo e tudo volta a ser ruim, a começar por esse ar que é horrível de inspirar e esse arame farpado que eu mesma insisto em apertar. E essas pessoas que já não consigo conversar, não consigo inventar um assunto, não consigo manter. Lembro que uma vez eu falei que enquanto houvesse afeto, existiria assunto. Observemos agora o que tudo tem se tornado. Uma parte de mim não quer dormir, a outra não quer acordar. E eu não sei onde eu mesma estou para me trazer de volta. Mas eu sempre voltei, então a única opção é esperar, infelizmente.


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