Como é que a gente descobre qual é o muro de Berlim que tem dentro de nós? Será que é aquele que a gente não se atreve a pular de forma alguma ou vai mudando os caminhos ou andando em círculos ou andando para trás ou senta na frente dele e fica lá para sempre? Ou será que é aquele que a gente vem com a velocidade máxima, bate a cara e morre?
Eu sei que sou jovem, embora eu ache que cada dia que passa eu tenho que dar meu máximo para recuperar um tempo perdido (que alguma parte de mim sabe que de perdido não teve nada) e isso faz meu espelho me mostrar que aparento ter 94 anos, mas isso é só uma fase e não é isso que quero entender. Isso eu já entendi. O que eu gostaria de entender é: nós temos um limite?
Quem estabelece, então?
Se o único no teu caminho é você mesmo, por que raios haveria de existir alguma linha de não-ultrapasse? Por que nos é ensinado que não podemos ter tudo que queremos?
Ok, existirão muros, mas existirão pernas! Pule-os! Quebrou as pernas? Engessa, senta, espera e depois pula de novo. Não tem essa, entende? É difícil, é agonizante, mas com alguns cálculos hoje eu vi que querer é o maior fator.
Querer > abismo > disciplina > motivação.
Você quer, você vai buscar.
Para buscar, tem que ter disciplina, mas ela vem no automático quando o querer é real.
Motivações são sorrisinhos que te dão de vez em quando que podem significar "continua...". Só.
Agora eu gostaria de entender, do fundo da minha alma, quem foi que espalhou a ideia de que você não pode ter tudo que quer. Você pode! Mas só se quiser.
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