Eu sei que já fui imediatista romanticamente outras vezes.
Sei que já aprendi faz tempo a não me importar com o dia seguinte,
então,
mais ainda,
com o mês que vem, com o ano que vem
ou com a vida que vem.
Dizem que aprendi,
sim.
Dizem que não há nada de novo
e que daqui a pouco
a gente acaba também.
Mas enquanto o daqui a pouco não chega, eu ainda consigo sentir seu cheiro, seu som
e seu silêncio.
Eu não me importo em desabar hoje por todas as outras coisas,
que a fraqueza me quebre,
que eu brigue comigo,
que eu me chute,
que eu me machuque por tudo que não tenha você.
De um lado, eu caio,
mas do outro, eu estou bem inteira
porque tudo em que eu quero pensar de verdade agora,
bem agora antes de dormir,
é em você.
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