A
proposta do modelo de canal de comunicação feito por Shannon e Weaver serviu
para, além de expor melhor a visão do que seja uma comunicação como “estudo”,
para engessar, assim como em outras ciências, uma fórmula universal.
Uma
mensagem transmitida de um ponto A ao ponto B não tem que, necessariamente, ser
decodificada para ser mensagem. Por exemplo, ao assistir um documentário em
japonês, nós não precisaremos entender o que eles falam para que a mensagem
vire mensagem, ela continuará sendo, só não chegará até nós com uma carga de
compreensão.
Um problema incluso na comunicação é
a capacidade de livre escolha que um emissor tem para produzir uma mensagem e a
recepção carregada de exigências no alvo. É comum pensar que as mensagens saem
cruas e deveriam, portanto, chegarem da mesma forma, mas em todo o caminho que
ela percorre, desde o ponto de saída até seu destino, há interferências.
O canal que permite a interação de
alguém em um ponto com outro alguém em outro ponto, em outro tempo é a carga de
conhecimento que eles possuem em comum e só assim existe a eficácia da
transmissão.
Atualmente
é comum que seja ensinado nas escolas esse modelo: emissor > codificador
> código (que pode possuir ruídos) > decodificador > receptor. A
partir de cada um desses pontos são analisadas as suas funções (poética,
fática, emotiva, referencial...) e isso serve para a comunicação como servem as
fórmulas para matemática e as regras para biologia. Um modelo aplicado em
qualquer forma de comunicação, independente de qual seja o canal, o emissor ou
o receptor, ou seja, uma lei universal.
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