Uma mensagem lançada
pela mídia não deveria ser absorvida em igual quantidade exata por todos os
membros da massa por questões óbvias de situação e preconceitos estabelecidos
diferencialmente por cada um que compõem o todo, porém, a massa não é vista
como corpos com individualidades capazes de interferências nas acepções.
Como já visto antes,
segundo Ortega y Gasset, o homem-massa é aquele que apenas absorve, não possui
a capacidade de autoanálise, não se incomoda com isso (talvez por não ter a
noção de possuir tal capacidade) e exclui e julga tudo aquilo que é diferente.
A teoria diz que não existe uma tentativa de sintetizar aquilo que é passado,
que a massa não resiste ao que lhe é imposto, apenas é atingida. As mensagens
transmitidas são comparadas com estímulos liberados com a intenção de ativar
respostas, ou seja, um tipo de manipulação indutor de ações.
A influência provinda
dos meios deve estar mais relacionada com o contexto de tempo e sistema ao qual
estão inseridos do que ao próprio conteúdo porque uma “correta” análise da
manipulação concluiria que ela consta mais em um reforço de ideias e posições
que uma completa modificação de ideais.
Na Segunda Guerra, sob
censura, a mídia começou a modelar a opinião pública, isso acabou por
transformar os meios de comunicação em ferramenta e a massa em alvo.
Toda propaganda, quando
incorporada, é capaz de induzir. Os verbos, quase sempre escritos em imperativo
são propositais. Nós, aceptores, devemos expandir o número de origens de
informações e tentar pesar o que é importante para nós e o que não é. Devemos
tentar, também, reanalisar nossa posição: achamos que estamos em uma esfera
superior por fazermos parte de uma “elite intelectual”, mas será que isso nos
exclui totalmente de sermos “alvos”?
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