Nessa dança tão feliz, nesse alinhamento de planetas, nesse completo estado de quietude... Não solte minha mão, nem se aproxime demais. Não me abandone enquanto eu giro sob sua mão, não me beije antes de eu morrer várias vezes por isso. Não quebre tudo. Não pare a música. Não pise no meu pé sem querer. Pise com força, com tudo que puder e sorria depois, da forma mais humanamente cretina que os humanos conseguem ser. Não tire a máscara. Não caia aos meus pés. Não seja igual a qualquer terno. Não percamos o medo. Nos deixemos ir embora. Peça para que eu fique e me expulse, ao mesmo tempo. Seja capaz de me matar e de me salvar, ao mesmo tempo. Continue dançando com minha metade enquanto os planetas estão bem alinhados. Metade de mim é tua. A outra nada. E continua nadando.
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