Eu poderia te mandar tudo que quero na sua caixa de entrada do seu site de relacionamentos. Eu poderia esperar para nos vermos de novo, para tudo ser mais sincero e concreto. Eu poderia ser mais direta. Mentira. Essa é a única coisa que eu não conseguiria.
Da primeira vez que escrevi pra você, eu estava afundada em sensações humanas de angústia, tristeza ou sei lá o quê. Dessa vez é raiva, mas uma raiva controlada. Uma raiva que me ensinei a ter.
Não te culpo de ter me afastado de um amigo que foi a porta inicial de saída da minha lama (sim, até a ele eu tenho que agradecer). Não te culparia por nada porque seria infantil e sem sentido. Se algum dia eu fiz alguma coisa por você com chances de perder alguma outra coisa, eu conhecia esse risco, então, se perdi, perdi porque quis. Assumo a culpa dos meus atos, não tenho mais doze anos e não direciono qualquer frustração ou decepção à outra pessoa. Isso é fraqueza. Se você espera por alguém, o cansaço da espera por essa pessoa não chegar vai cair no seu corpo, então, aprendamos: não esperemos. E, se esperarmos alguma coisa, que depois assumamos a porcaria da culpa.
Pois bem, no que estaria eu errada? Pensemos juntas, por favor, e me explique caso concluir algo porque eu, sinceramente, não consigo.
O seu posicionamento vital assumiu um estágio na minha vida da seguinte forma: eu penso com sua cabeça antes de fazer ou dizer ou sei lá o que na minha relação com você. Você faz ideia do que é ouvir de pessoas muito próximas que a preocupação que você está tendo pela outra pessoa é inútil porque nem ela mesma se preocupa? Não, você não faz. Os momentos que eu tive que bater de frente, por sua causa, com pessoas que eu considero de importância incalculável para minha vida foram ruins, não o fim do mundo, mas ruins. Você acha que eu tenho obrigação de te defender quando nem você mesma se defende? Eu não sou uma leoa e você uma leoazinha da qual eu preciso ensinar a se defender e atacar algum leão (do qual eu goste). Eu não tenho obrigação nenhuma de fazer algum bem por você. Eu nunca tive. No entanto, eu faço. Eu faço porque eu gosto de verdade de você.
Uma paciência, duas paciências, bravo, bravo! Agora mil? Quem é que tem uma cota de paciência mil? Ninguém que eu conheça. Agora, depois de tudo isso o seu comentário ser que eu não consigo enxergar meu próprio erro? Senhora, eu peço licença, mas vou respirar um pouco ali fora.
Eu errei? Eu quero saber onde, que isso fique claro. De todos os tapas da vida, um dos que mais marcou foi: reconheça suas atitudes. E, saiba, se eu, pelo menos, sonhar ou imaginar que algum dia errei de verdade com você as desculpas já partem daqui: Desculpa! Mas excluindo essa possibilidade, tentemos a distância porque eu estou cansada de pensar por cabeças alheias (não é apenas você). E eu preciso de um tempo para cuidar de mim. Eu escuto você, eu escuto o mundo, mas quem é que vai me escutar, certo? Pois é. Nas mais sinceras palavras: você é incrível. Espero que essa imagem não seja algo que eu tenha inventado. Não me decepcione, Maria. Au revoir.
Comentários
Postar um comentário