It wears her out, it wears her out

Eu aqui rolando no meio desses ursos de pelúcias posso perceber que a qualquer hora suas mãos podem trocar todos eles por facas, agulhas e inúmeros objetos com superfícies cortantes... 
Tudo em mim é derivação de medo. 
Leia: derivação. 
O medo, propriamente dito, não existe mais. Como energia: sempre se transforma. Nunca é ele mesmo. Ele mesmo, em mim, não existe. 
É fácil que quem me leia diga "no fundo, é medo", é fácil. É difícil enxergar outra coisa além de "frieza e cálculos" pra quem não tem as fontes, os textos, os gestos, a rotina e a vida. Mas o que ninguém consegue ver é o que eu vejo aqui de dentro de mim mesma: a automatização do meu ser: posso optar por não escolher. Se você ler direito, não vai encontrar paradoxo algum. 
Continuo aqui rolando nesses pelos macios, nesse ar frio "que vem do sul", nesse sol de 5:40am. Eu posso morrer em breve, mas não quero sair daqui. 
Não essa noite.


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