Você descobre se ama quando responde a pergunta "do que você abriria mão?".
Em teoria, eu abriria mão do meu quarto, da minha casa, da minha cidade, do meu comodismo, das minhas horas intensas de sono, de muitas risadas, de noites de diversão, de todas as pessoas que já conheci (exceto as que compartilham sangue comigo porque aí é exagero e seria mentira, eu não abriria mão delas, mas aguentaria uma distância, sim, eu acho que sim). Você descobre que isso é amor ao responder isso com a mais profunda sinceridade que conseguir, quando, no lugar de sua voz, o seu corpo inteiro responde assim.
Depois que seu coração é fechado aos trancos uma vez, é possível que ele abra outra vez. Dessa vez não foi por alguém, não é um ser-vivo, mas é o que tem tudo de mim, se quisesse. É o que me teria por inteira, se me permitisse ser meu também. Se isso não for amor (pode ser obsessão), eu não faço ideia do que possa ser...
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