Prestes a vencer

Durante todo esse breve instante, de quase duas décadas, eu nunca tive um pensamento involuntário de que alguém estaria ao meu lado daqui a mais uma (década). Foi assim, repentinamente, quando tu entrou nos mesmos seis metros quadrados onde eu estava, minha mente deu uma brusca volta ao futuro, onde uma criança dizia o nomes dos seus pais: nossos nomes. 
Não sei se vomito, se choro, se respiro fundo, se dou uma risada nervosa, se desmaio, não sei se devo ter alguma emoção por ter acontecido isso comigo... Isso é... Ridículo? No mínimo. Não sei nem direito quem é você, criatura... No máximo sei seu nome. Seu nome? Espera... Que diabos foi isso? 
Nunca pensei em ter uma vida nem do lado da pessoa que mais amei nesse breve instante que vivi... Aí vem você entrando numa sala e colocando uma criança na minha cabeça... 
Espera, esse frio no estômago de que algo que eu não posso prever, mas que posso rever, vai acontecer é meio que conhecido. Estivemos em outras vidas ou eu voltei a ter doze anos? 
O que se segue ameaçará a minha futura felicidade, talvez seja um lança-praga de frustração, mas,não vai não, vamos lá: Quando a minha mão buscar a minha outra para comemorar, espero encontrar a sua, em seguida, o seu sorriso em resposta ao meu, porque o meu, nunca mais sairá de mim seguido ao instante em que eu conseguir... Nem tanto por você, é mais, como sempre, exceto um período de vinte e quatro meses que eu já guardei em um lixo, por mim.

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