Parte I
Descartando a "brincadeira" de referir-se ao
zodíaco e passando a encarar os signos como referências à linguagem, podemos
dizer que eles são os objetos de estudo da Semiótica. E o que é signo? Tudo é
signo.
Movimentos, sons, gestos, sensações ou qualquer outra
forma que nos faça reagir interpretando o anunciado, é uma forma de linguagem,
embora pouco tenhamos notado. A linguagem não se limita ao verbal, nem ao
sonoro, ela estende-se por campos que talvez não sejam capazes de ser medidos,
pois toda capacidade de interpretação parte de uma linguagem.
Portanto, existe a linguagem da natureza entre ela
mesma e na interação com nós humanos, a do nosso corpo desde as células entre
si até nossas necessidades conscientes, a do silêncio que pode ser tão
significativo em alguns momentos, de um olhar sem expressão que dirá muito mais
que mil expressões faciais, enfim, estamos inseridos na linguagem e podemos até
dizer que somos, também, linguagem.
Mas o que é
realmente importante analisar, segundo a Semiótica? As ações do signo. Como
dito anteriormente, o signo é qualquer coisa, mas para esclarecer, pensemos na
representação gráfica de um objeto, por exemplo, o desenho no papel de uma
chave. Isso é um signo. A palavra chave é outro signo, a chave em si é mais um
signo e a imagem construída mentalmente da chave ao pensarmos numa chave, é,
também, um signo. Então, se tudo é signo, a Semiótica seria a ciência que
estuda tudo? Não, porque “qualquer todo suficiente é necessariamente
insuficiente”. Então, o que realmente
interessa são as ações do signo. Aquilo que não esteja ligado a algo estático,
que seja mutável, que permita diferentes interpretações e interferências.
Comentários
Postar um comentário