Eu, não-eu, eu mesma e você

É estranho estar no dia seguinte com algo que te pertence sem ter te dado algo meu. Ontem, enquanto eu tentei fazer uma cena cinematográfica de ciúmes ou boa ação (melhor ficar ao seu critério que ao meu), eu senti uma forte, porém rápida, pontada de emoção. Que horror! Não é que eu não saiba como eu vim parar aqui contigo, porque eu sei sim: o estar contigo é tão bom que eu pulei de ponta conscientemente e sorrindo mesmo sabendo da sua prioridade que, obviamente, não sou eu. Ontem eu tentei fazer o certo, e fiz enquanto eu era ainda eu. Depois nossos diálogos tornaram-se confusos e passíveis a uma queda (talvez fingida) no esquecimento. Eu não estou apaixonada por você. Não me permito estar. Que raios de conversas e ações foram aquelas? Espera... As coisas estão chegando por parte em minha memória... Nada muito compreensível, tudo um pouco engraçado. De qualquer forma, hoje de tarde, quando eu sou eu outra vez, te deixo nessa estação, querido. Até qualquer hora, quando eu não for eu ou quando eu for totalmente eu mesma (melhor ficar ao seu critério).


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