Fantasmas no meu quarto


Com as mãos firmes e fortes o suficiente para, segurando meus braços, me fixar no chão, mas não para me machucar, me fez encarar seus olhos que gritavam ordens de situação. Meus olhos desceram até suas mãos, notei o quão real meus pés descalços sentiam o piso. Há quanto tempo eu andava flutuando sem alguém que me obrigasse, sem dor, a viver? Eu sabia que qualquer coisa depois daquilo seria fisicamente sensível e mentalmente proveitoso. Porque eu estava no chão. Finalmente alguém me jogara de volta na realidade. Aí meus olhos mudaram de direção e lá estava o teto branco do meu quarto e o silêncio que se estendia por todos os cantos  da minha casa. E meus pés para cima... E os últimos segundos antes de mais um suspiro de lamentação.