Viver com dignidade é tão relativo quanto uma singela opinião. Posso me colocar no topo de qualquer âmbito dos mil e dois que existem na minha vida e continuar sendo digna. Posso ignorar as maldades que o mundo direciona a mim e continuar tendo dignidade. Para exemplo mais absurdo, posso deixar de ser digna com o próximo mais próximo do momento e, ainda assim, continuarei sendo digna. Eu só perderia a dignidade, quando tal deixasse de se refletir em mim mesma. Tal virtude nos é entregue para usar em vida. E a vida só pode ser usada (infelizmente para alguns (o que (felizmente) não aplica-se a mim))em primeira pessoa. O máximo que posso te causar são sorrisos e algumas boas sensações, o resto implica só e somente na sua própria capacidade. E vice-versa: qualquer coisa que eu venha a sentir, derivará da minha própria responsabilidade. Então não seria melhor ser o mais impessoal possível? É assim que nos ensinam a escrever: Quanto mais imparcial, mais claras sairão suas palavras. Maior convencimento do leitor. Melhor será sua nota. Melhor será sua vida. No caso, a minha. Num futuro próximo, seguindo essa regra, não vou precisar arcar com consequência alguma, já que não existirá culpa. Pois, tal culpa, seria apenas minha. Como aprendi num passado não tão distante: Cada um é responsável por suas próprias capacidades. E dignidade, bom, tem um dicionário aqui dizendo que é "o respeito por si próprio", ou seja, não tem nada a ver com o próximo.
