If morning never comes to be, be still, be still, be still.


Fico meio sem saber se é a hora de entrar. Fico na dúvida se a porta está trancada pelo lado de dentro. Talvez eu devesse, no mínimo, girar a maçaneta. Talvez. Mas eu continuo do lado de fora, olhando, de vez em quando, para a porta. Esperando ela abrir totalmente para que eu possa entrar - e sei que até assim, com ela totalmente aberta, eu hesitaria na entrada. Sei que eu faria. Aí eu repenso (maldita seja (ou não) essa minha compulsão de racionalizar) e concluo que se minha vontade de entrar fosse realmente uma vontade, se ela realmente estivesse dentro de mim, eu daria um jeito de entrar. Estando a porta trancada, eu daria um jeito de abrir, ou, no mínimo, o tentaria. Sei que eu faria. E é só por isso que me conformo em estar do lado de fora: por não querer tanto assim.