The other side of sanity

Antes de dormir, eu queria te dizer que estou pensando em você. E queria que você soubesse que descobri que você nunca saiu da minha cabeça. 
Mais de dois anos. Quase três. E sabe por que ainda penso? Porque nunca recebi você. E você foi a única coisa que desejei com força e não obtive. Não lembro exatamente se te pedi. Nem sei ao certo se tenho coragem suficiente para pedir agora. 
Mas quis. 
Quis tanto que me resta a dúvida: ainda quero? 
Você que nunca foi meu, veja só. 
Sua mão que foi minha por uma noite, veja isso. Por favor, veja. Veja e lembre.
Sua mão apenas. Nada de lábios, nada de corpos se encostando. Mão na mão, apenas. Você que segurava a minha, lembra? E bom, talvez seja tudo que eu possa ter tido de você. Por todos os dias que virão, mais nada. Só aquilo, era tudo. 
Mas e por que a tua volta? Se é que posso chamar de volta. 
Você está na minha vida outra vez. Se é que alguém entra nela. 
Seja como for, como é que eu faço você saber que eu te quero de qualquer jeito? Só pra saber como é. Seja pra chorar pelas noites que irão suceder a isso, seja para sorrir por elas ou seja pra não sentir mais nada e vê que era só um capricho.
Mas que seja para alguma coisa. 
Eu te quero e queria que você soubesse. 
Mas acho que não vai.
E que passem mais três anos.

Comentários