Duas Alemanhas, duas Coreias.


Então ela segurou uma foto nas mãos. Quis fechar os olhos. Quis não encarar aquilo mais uma vez, mas tinha aprendido em alguma hora do dia, - sim, agora ela aprendia muito em um simples dia -, que para superar um medo, era preciso encará-lo. Aquilo não devia exatamente ser um medo, mas o molde da lição servia. Encarou a foto com força e vasculhou cada parte da pessoa que ali se encontrava, vulgo amor da sua vida. Não viu nada além de um sorriso que não era tão sorriso quanto os dos dias que passaram juntos. Perguntou-se o que aquela pessoa tinha que ela não poderia encontrar em si mesma. Não obteve resposta. Perdeu o medo da foto. Perdeu a foto também.

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