Não vou pedir perdão, no caso de decidirem ter raiva de mim pelo resto dos tempos, fiquem à vontade. Mas na minha vida, vocês não estão mais. Não amarradas a mim. Fiquem em volta, fiquem por onde quiser, mas dentro de mim, nunca mais.
Adeus, lembranças.
E não vou ser tão egoísta a ponto de dizer que nunca mais nos encontraremos por aí, porque sim, nós vamos. Mas não estranhem quando virem um brilho diferente no meu olhar. Não estranhem caso eu as estranhar.
Não estou desesperada por outras. Não quero viver a vida inteira em um sábado a noite. Não preciso reconstruir a minha vida ao ritmo de uma balada de alta frequência. Não. Não quero nada disso. Mas se for pra vir, que venha, venha o que for. Vocês são as únicas coisas barradas agora e não vou dizer que sinto muito porque a única coisa que sinto é alívio.
Sim, foram belas histórias, vocês me ajudaram e é claro que vocês vão sentir minha falta, mas eu senti tanto a falta de vocês que esqueci de sentir a minha.
Acabei de segurar na mão de alguém e dar tchau com a outra mão pra vocês. Vocês ficam daqui para trás, combinado?
Agora vamos brilhar, cada uma pro seu lado, vocês todas podem ir juntas, espero que não se percam, só espero que me percam, e, eu pro meu lado.
Tenho um caminho enorme pra seguir, e, bom, eu só não começo a caminhar se eu não quiser. E eu quero.
Estou segurando na mão que eu nunca deveria ter soltado: a minha.
Fiquem em paz e até nunca mais.
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