Mais de 2500 km de distância e continuo com minha loucura que já cansou a todo mundo, até a mim. Claro que ela está mais leve. Mas eu continuo ligando. Você continua sem atender. Continuo nos desejando no para sempre. Eu tava falando mais cedo, se você tivesse me jogado no lixo de uma vez, eu teria achado um rumo. Mas não, vai entender. Vai alguém te entender. Hoje eu não vou. Aliás, hoje eu vou cuidar de mim, não por escolha, mas por cansaço. Eu te amo, sem obrigação, mas como a vida, como se o que eu sinto fosse eu mesma. Mas hoje eu tô cansada demais pra isso. Então, hoje eu não te amo não. Mas eu tô falando de hoje. É só pra você entender: eu preciso dormir. Não é nada pessoal. O problema é comigo mesma. Hoje eu preciso de mim. E hoje, pra mim, só existe eu em cima da terra. Eu queria viver assim pra sempre, mas eu ainda te amo demais pra querer isso. Então vamos vivendo por parte. Decidindo por minuto. No máximo, por dia. Eu tô caindo demais, tenho que parar de olhar pra trás e o certo não é olhar lá na frente, eu tenho que olhar pro chão, onde eu tô pisando. É horrível ter que viver olhando por onde pisa, mas é que eu tô caindo demais. Hoje você não existe, ta certo? Hoje. Só enquanto eu durmo, por favor.
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